Sinopse: "Depois das investigações de Manuscritos do Mar Morto, a ex-detetive Heather Kennedy recebe um telefonema com uma proposta de trabalho. Um suposto roubo no Museu Britânico precisa ser investigado. Kennedy rapidamente deduz que alguém teve acesso a livros sobre Johann Toller, um profeta europeu louco do século 17. Acreditando que o fim dos dias estava em suas mãos, Toller fez uma série de previsões relacionadas ao Apocalipse e aos eventos que o precederiam. Mas nenhuma delas havia se tornado realidade até então. Agora, pouco a pouco, os sinais se confirmam. Com a ajuda do mercenário e antigo parceiro Leo Tillman e de uma jovem que pertence a uma tribo secreta, Kennedy deve lutar para impedir que a próxima profecia se concretize: a destruição de uma cidade sem nome..."

Impossível ler o primeiro livro e não querer ler este. Impensável! Você se apaixona pela escrita de Adam (ou devo dizer Mike?) muito rápido e não imagina ficar sem ler o que mais esta mente sagaz tem a nos oferecer. Simplesmente não dá!

Não foi surpresa minha ao ler este e voltar a pensar em conspirações e segredos de âmbito mundial. Todas as pulgas que povoaram minha orelha durante o primeiro livro cresceram e formaram família, se é que me entendem... Uma loucura! É muito bom pegar livros, continuações, que sejam coerentes com a história que já lhe foi apresentada ou que te envolvem sem ter que nos enrolar com coisas que não interessam sobre o universo criado pelo autor. 

Neste livro, o autor volta com pinceladas do primeiro caso, fazendo com que se encaixem, nos levando pelo mundo das perguntas impossíveis, quebrando tudo em pequenas peças que se encaixam em algo gigantesco que acaba por fazer sentido. só que agora o problema não é dominação ou poder, agora o assunto é destruição em massa, é questão de vida ou morte. Nisso, somos apresentados a Diema, personagem que pertence a um grupo secreto, uma tribo onde ela chamada de Elohim, e que é fundamental para que Heather possa ajudar Leo por possuir conhecimentos que não existe nas ferramentas de busca da internet já que a luta envolvida na trama é milenar...

Os acontecimentos, antes tão acelerados, agora são mais contidos e tem que ser assim já que a investigação desta vez é mais complexa e com muito mais arestas. Só me incomoda um pouco o fato de Leo não estar tão presente na trama, fazendo com que eu sentisse falta dos diálogos intrincados dele com Heather para solucionar as peças. Talvez por causa de Diema e também de Rush, que trabalha para o museu e foi posto a disposição da Heather... com estes dois, a ajuda dele não se fez tão presente, mas é notória a sua falta, o que me faz pensar o que está reservado para ele no futuro, já que a detetive não trabalha mais na polícia.

Enfim, posso afirmar categoricamente que fez muito bem em escrever livros este nosso Adam. Excelência em desenvolvimento argumentativo, contextualização, pesquisa de elementos existentes (nem tudo que ele apresenta é ficção) e um ótimo historiador! Se vocês gostam do gênero não percam a oportunidade de ler este livro, vale muito a pena!

Até mais! 

"A ambiciosa policial Heather Kennedy está em seu trabalho mais difícil: seus métodos de investigação são criticados e ela está sendo assediada por colegas rancorosos porque não lhes dá atenção. Até que lhe é atribuída o que parece ser uma investigação de rotina, sobre a morte acidental de um professor da Faculdade Prince Regent, mas a autópsia deste caso volta com algumas descobertas incomuns: o inquérito vincula a morte deste professor às de outros historiadores que trabalharam juntos em um obscuro projeto sobre um manuscrito do início da Era Cristã. Em seu escritório, Kennedy segue com sua investigação e logo se preocupa com o rumo para onde está sendo levada. Mas ela não está sozinha em sua apreensão. O ex-mercenário Leo Tillman — seu futuro parceiro — também tem angustiantes informações sobre estes crimes. E sobre a misteriosa organização mundial a que os crimes se relacionam… Escondido entre os pergaminhos do Mar Morto, um códice mortal pretende desvendar os segredos que envolvem a morte de Jesus Cristo. Entre um terrível acidente de avião no deserto americano, um brutal assassinato na Universidade de Londres e uma cidade-fantasma no México, Manuscritos do Mar Morto é o mais emocionante thriller desde O código Da Vinci."

Este livro me remete a tantos outros que eu gosto! Tem uma pegada do Dan Brown com seu Bezu Fache, um quê de James Patterson com seu Alex Cross, uma pitada de Lisa Gardner com sua D.D.Warren e um toque de Clive Cussler com seu Isaac Bell! Sem falar que envolve um assuntos polêmicos que eu gosto: religião, intrigas de estado, instituições secretas e assassinato!

Este livro te deixa sim com pulgas atrás das orelhas e deixa um monte de perguntas. É uma delícia ler qualquer coisa que nos questiona, não é? Que nos faz enxergar as coisas de outro modo, que faz a gente pensar se realmente existe este tipo de coisa por ai, por debaixo dos panos, planos ocultos e pessoas com múltiplas identidades. 

Heather é daquelas detetives que a gente vê nos melhores filmes policiais. é destemida, é inteligente, pensa fora da caixa pra desvendar mistérios, não sossega até ter uma resposta pra todas as dúvidas que lhe surgem. o autor lhe dotou de uma incrível capacidade de estar no local errado na hora errada que acaba por ser o certo no final. Sem falar da sua incrível habilidade em narrar acontecimentos vertiginosos e nos coloca diante de um livro que não sossegamos antes de terminar. Nem se quer dá pra pausar direito! É tão intenso e cheio de nuances que uma coisa leva a outra muito rápido e não tem como parar! A gente se obriga a pensar com a detetive. Ele a escreveu muito bem. É uma personagem marcante, pelo menos para mim...

Há momentos que a gente se pergunta: "jura que isso é possível?" e, com elegância e perspicácia ele te dá argumentos que te fazem crer que sim. Agilmente ele entra em nossa cabeça e vira nossos pensamentos contra nós, como se pudesse prever o que vamos imaginar com o que ele conta. Os diálogos estão cheios de perguntas e a linha de conexão entre um acontecimento o outro quase não está neles, está na narração. Portanto, um livro com um equilíbrio perfeito entre estes dois componentes e a narração deliciosamente escrita como que vista de fora, de Adam Blake, personagem que o autor criou para si, já que seu nome real é Mike Carey, célebre escritor de HQs! Imaginem vocês que ele escreve X-Men, Quarteto Fantástico e Sandman! Não é o máximo? Adoro seus quadrinhos e adorei seu livro, sorte nossa que tem mais vindo por ai!

Até logo!