"Se seu vizinho lindo de morrer batesse em sua porta pedindo um copo de açúcar, o que faria?
Abra a porta, e descubra o que Flora fez..."
Um conto pra lá de açucarado... Um conto docemente sedutor!

Recebi Sugar pela parceria com a Madras Hot e já faz um tempinho que li – mas demorei um tanto para postar a resenha, então aqui estou.

"- Hum, Paulo. Bem, não é o que você está pensando!
(...)
- Você não tem noção do que estou pensando, Flora."
(pág. 25)

Eu já tinha ouvido falar da autora, mas foi a primeira vez que li algo da Vanessa. De maneira geral eu curti bastante a leitura. Não vou entrar em muitos detalhes sobre o enredo já que o livro é curto (tem apenas 120 páginas) e ficaria extremamente complicado não soltar spoilers.

"Uma beleza assim é até pecado não olhar, então olhei mesmo. Sem pudor!"
(pág. 22)

Eu não sei se eu gostei ou não da Flora... Quer dizer, adorei o jeito dela e tal mas meu lado ciumento não curtiu muito ela falando do Travis. Sim, o livro conta com referencias literárias (Belo Desastre, 50 tons...) e isso é super bacana. Mas essa de comparar o Travis com outros personagens não é pra mim... Não existe comparação com ele que eu irei concordar. E não estou dizendo que isso estraga a leitura, nem nada do tipo. Só estou dizendo que meu ciúme falou mais alto nessa parte do livro.

Algumas coisas aconteceram rápidas demais no meu ponto de vista, mas quando penso no tamanho do livro acho que o tempo foi certo. Mas tudo o que citei não chegou a ser realmente negativo para mim. O que eu não curti mesmo é essa coisa de fazer ciúmes deliberadamente. Acho isso tão infantil e um pouco irritante em personagens que não são mais adolescentes. Esse sim seria o ponto negativo do livro.

Quanto a diagramação, gostei da capa e dentro tem detalhes que dão um certo charme ao livro. Acontece que a revisão poderia ter sido um pouco mais cuidadosa. Eu entendo que erros passam, mas encontrar a palavra fosse escrita com 3 ‘s’ é um descuido que me incomodou bastante.

A escrita da Vanessa é gostosa de ler e gostaria que Sugar fosse mais longo. O livro tem romance, tem cenas quentes e também tem momentos engraçados, uma mistura na medida certa e super bem feita. É um livro tipo sessão da tarde – mas que não poderia passar na sessão da tarde. Eu gostei e estou curiosa para ler mais livros da autora.

Momento Evento: Em realizei um evento de literatura nacional em Florianópolis e levei meu exemplar de Sugar para sorteio. Preciso dizer que é claro que rolou piadinha de “não é sugar e sim ‘sugar’ de açúcar em inglês”. Ah gente... Me perdoem mas se você não sabe nada da história e nem que a personagem é professora de inglês, o título dá brecha para uma piadinha sem graça...rs

Momento Bienal: Não consegui participar do encontro que teve no estande da Madras que a Vanessa esteve presente, mas teve um rapaz querido lá que me deu o marcador do livro autografado :)

Alice é independente, bem-sucedida profissionalmente e muito ambiciosa. Além do sucesso no trabalho, tem um namorado que é o sonho de qualquer mulher: lindo, apaixonado, louco para se casar e ter filhos. Mas ela não é qualquer mulher, e acha que a carreira vem antes de tudo. Então, quando Casseano a coloca contra a parede e exige mais espaço em sua vida, os dois entram em um impasse e acabam se separando. Em poucos dias, Alice sente que o fim do relacionamento está sendo mais duro do que esperava. Para piorar, o trabalho entra em crise e sua sócia, preocupada com a saúde da amiga, a obriga a se afastar por um tempo. As férias a ajudarão a arejar a cabeça e voltar mais produtiva.
Com tudo dando errado ao mesmo tempo, Alice aceita a sugestão e compra uma passagem para Londres. Chegando lá, mergulha numa profunda jornada de autodescobrimento e percebe o que realmente importa para ela.O que eu quero pra mim é um romance inspirador, que fala sobre a importância de conhecer a si mesmo e descobrir as próprias necessidades antes de trilhar de forma plena o caminho do amor.

Eu já tinha ouvido falar da Lycia em minhas andanças pela internet, mas ainda não tinha arrumado um tempinho para ler seus livros, então quando a Arqueiro lançou O que eu quero pra mim, a capa perfeita fazendo referencia a Londres fez com que eu colocasse o livro na lista de leituras e finalmente lesse um dos livros da Lycia. E antes de mais nada, já adianto para vocês... Quero ler todos os outros!

Eu não vou falar da história em si... Acredito que a sinopse acima já dá para ter uma boa ideia do que se trata o livro e eu não quero que escape nenhum spoiler. Mas preciso dizer uma coisa... A sinopse faz pensar que a história vai ser somente com Alice, mas não é bem assim... Embora Alice seja a personagem principal, conhecemos Luana e Eamon que conquistam seu espaço durante a história.

A narrativa da Lycia tem clichês e é um tanto previsível em alguns momentos, mas não de uma maneira negativa. O livro é tão gostoso de ler, a narrativa é tão envolvente que eu devorei o livro em poucas horas – e fazia um tempo que não lia um livro em ‘uma sentada só’.

“É melhor ficar sozinho de verdade do que estar sozinho num relacionamento.” (pág. 43)

Alice não me conquistou logo de cara... Não sei explicar muito bem, mas eu não gostei muito dela e acredito que no fundo isso tenha sido bom... Quer dizer, Alice foi me conquistando aos poucos, fazendo que no final eu estava torcendo por ela. Já Luana me pareceu um pouco exagerada em alguns momentos – mas acho que isso foi mais do fato de ela e Alice serem bem opostas entre si.

Casseano fica meio apagado durante boa parte da história já que ele fica no Brasil enquanto Alice está em Londres. Ele é descrito de maneira tão perfeita que me pareceu muito aquela coisa de “homem perfeito que só existe na ficção” e isso fez com que eu não sentisse falta dele durante o livro. Ou talvez eu não tenha sentido falta dele por causa de Eamon...

Por falar em Eamon... Para mim ele é o ponto máximo do livro. É arrogante no começo, mas daquele jeito que te deixa mais interessada do que com raiva, é forte, responsável, decidido, apaixonante. Um verdadeiro sonho de consumo que eu gostaria de encontrar novamente em algum outro livro – já que pessoalmente não tem como...

“Até hoje você só aprendeu a erguer muros. Acho que está na hora de aprender a construir algumas pontes.” (pág. 164)

O que eu quero pra mim é um livro para quem curte romance. A leitura é leve e conta com momentos divertidos mas também levanta questões sobre desejos, sonhos, carreira, amor e o quanto é importante que a gente conheça a si mesmo, se perdoe e não se prenda a hábitos que só prejudicam nossa vida. Nem sempre as coisas estarão ao nosso alcance, mas nunca é tarde para mudar e recomeçar um novo caminho.

O amor não é uma propriedade de quem sente, é uma transferência total para quem é amado Você que está vendo este livro com dúvida se precisa dele, você não precisa dele, precisa de si, vive caçando uma palavra que confirme o que deseja, está atrás de um escritor que possa lhe recomendar de volta para quem brigou, com capacidade de explicar o que sente e traduzir seus tormentos. Mas já sabe o que deseja, não há como convencer do contrário, os amigos mostraram que seu relacionamento não tem futuro. Não acredita neles, acredita somente no milagre. E como justificar um milagre, ainda mais para quem não tem mais fé? Eu entendo o que está passando: sua raiva, sua amargura, seu cinismo, seu desencanto. Percebeu que a razão não conforta, que a vingança ou o perdão não ressuscita a tranquilidade, que o fundo do poço nunca se equivale ao nosso fundo. Você parece normal, mas todo mundo deixa de ser normal quando se apaixona e se separa. Se sua expectativa é por uma solução, eu guardo apenas uma certeza que trará alívio mais adiante: você não vai desistir. Quando diz que acabou a relação, é que está procurando um outro jeito de recomeçar. Em seu novo livro de crônicas, Carpinejar apresenta 42 textos que sobre amor, desilusão amorosa, casamento, divórcio, saudade e outros sentimentos que compõem os relacionamentos.

Como se faz uma resenha de um livro de crônicas? Como posso falar dos textos de Carpinejar? Para onde vai o amor? São perguntas que eu não sei como responder...

“A felicidade dói. É um doce intervalo, para sair de uma tristeza e aguentar a próxima.” (pág. 108)

Não é de hoje que eu conheço o trabalho do Carpinejar, mas Para onde vai o amor? foi o primeiro livro completo que li dele e preciso dizer que eu amei. Muito. Mesmo. Acredito que não teve nenhuma parte que eu não tenha gostado – e considero que ganhei um presente duas vezes (a primeira da Bertrand que enviou me enviou o livro e a segunda pois foi um verdadeiro presente a leitura das crônicas de fossa, que chegaram no momento mais que perfeito.

“Cada vez mais reconheço que no amor não existe o melhor, mas o menos pior.” (pág. 118)

O mais legal em um livro com várias crônicas é que nenhuma delas te toca da mesma forma. Umas tocam seu coração, outras metem o dedo fundo naquela ferida que você tenta esconder de todos e tem aquelas que te fazem ver que você não está sozinha e que não é a única. E isso é o mais emocionante, interessante e envolvente nos textos de Para onde vai o amor?

“Ninguém sofre numa separação por aquilo que aconteceu, sofrerá por aquilo que não vai mais acontecer. Sofrerá pela perda da esperança mais do que pela perda do amor.” (pág. 115)

Várias foram as passagens no livro que marquei. Foram tantas que demorei para escolher e selecionar as que colocaria nessa postagem. Tanto que acho meio injusto escolher uma crônica que mais gostei, mas depois de pensar bastante, de ler e reler se tivesse que fazer essa escolha seria ‘Não se pode mais idealizar nessa vida?’

“Quem se contenta com o banhado jamais cultivará um jardim.” (pág. 100)

As diversas crônicas que li do Carpinejar fez com que ele entrasse em minha lista de autores favoritos, agora, ao terminar esse livro tive a certeza de que preciso de todos os outros do autor – não só na estante mas na lista de lidos. Leitura mais do que recomendada.