Lentes Mágicas #10 : Stephen King

20/07/2011

Como não poderia deixar de ser, depois de um breve intervalo ocasionados por forças maiores (infelizmente), voltamos com a coluna de filmes. Com uma parceria entre as stafs deste blog, resolvemos interligar o escritor do mês, já que há muito  que falar dele. Portanto, meu filme escolhido é baseado em um texto do S.King.
Título original: (Secret Window)
Lançamento: 2004 (EUA)
Direção: David Koepp
Duração: 106 min
Gênero: Ficção
Status: Arquivado
Direção: David Koepp
Roteiro: David Koepp, baseado em livro de Stephen King


Sabemos que um dos maiores medos de um escritor é o tal do bloqueio criativo, certo?
Imagine o que é sentar na frente de uma máquina de escrever (ou computador) e não conseguir gostar de nada do que sai das pontas de seus dedos, ou, o que pode ser ainda pior, não sair nada. Isso vive acontecendo com quem escreve em blogs também. Esta neura toda já foi muito bem recriada em outros filmes, mas em A Janela Secreta (The Secret Window), o diretor e roteirista David Koepp adapta para a telona o texto do escritor Stephen King (‘Secret window, secret garden’).
Na trama o personagem principal é Mort Rainey, um escritor de suspense de certo renome, que está com problemas para bolar novas histórias. O diretor do filme foi até o Caribe para conseguir o seu protagonista, quem? Quem? O excelentíssimo Johnny Depp, que na época estava trabalhando como o divertido Capitão Jack Sparrow (fenomenal!) , em Piratas do Caribe.
Deu duplamente certo. Imaginem, ele não apenas conseguiu o Mort Rainey que queria como, de bônus, ainda pegou Depp na sua fase mais festejada pela crítica. Eu pessoalmente acho que é uma injustiça, pois ele sempre soube escolher muito bem seus papéis, desde a época que participava da série de TV Anjos da Lei, (alguém se lembra disso além de mim?).
Bom, o que importa é que o nosso querido Depp não decepciona neste filme. Pra quem já assistiu sabe que no papel do escritor solitário que sofre com um dolorido processo de separação de sua esposa, o ator eleva o nível de um roteiro sem inovações, mas muito bem costurado e que vai deixar muita gente tensa até o seu desfecho... que até deixa um pouco a desejar.
De cabelos loiros e cuidadosamente despenteados, Depp dá o peso que todo bom thriller (é assim que escreve? rs) precisa, mas não sozinho. Quem o ajuda nesta tarefa é John Turturro, que interpreta um daqueles caipirões, que aparece na vida de Mort acusando-o de ter plagiado uma de suas histórias. Mort, que tem segredos escondidos em seu passado, não sabe ao certo o que está acontecendo, mas uma coisa é inegável, os dois textos são realmente idênticos. Assim as perguntas vão surgindo no filme: Teria ele copiado aquela história? Ou aquele enigmático e soturno homem do interior está ali só para tentar tirar vantagem deste momento complicado de sua vida?
Se A Janela secreta até mesmo pode ser visto como um plágio de vários outros filmes de suspense, uma coisa é inegável: ele cumpre muito bem o seu papel de entreter o público ao longo de seus 97 minutos. A tensão criada é tão presente quanto a neblina que cerca a casa de Mort, à beira de um lago (e quem me conhece que adoro um bom suspense com neblina...) Quer lugar mais propício para uma história sombria digna de S. King?
Com certeza o filme ganharia outros contornos se tivesse sido dirigido por Tim Burton (meu queridinho) ou M. Night Shyamalan (que trabalhou em Sinais, Corpo Fechado, que amo de paixão!), respectivamente atuais reis do sombrio e do suspense, mas Koepp soube escolher muito bem a sua equipe técnica e conseguiu entregar um filme com características artísticas interessantes, movimentos de câmera muito bem planejadas, como a cena da "invasão no espelho" (que abre a fita e outra vez no final) e boa direção de atores.

Diz ele que sua experiência como escritor ajudou. Por exemplo, segundo um site de fofocas (que eu não cito o nome nem por decreto) o próprio cineasta fez questão de testar o sofá onde Mort passa boa parte de seu tempo tirando ali uma soneca. "Não conheço nenhum escritor que não tenha um bom sofá para cochilar", confessa Koepp. Pensa que entrega! 
E o texto? Não deixa na mão, claro! Uma narrativa incrível, pausas meticulosas e diálogos curtos nas palavras e longos na compreensão. Convenhamos: mais de 52 livros, sendo mais de 15 reproduzidos no cinema, sem contar as continuações (Colheita Maldita, por exemplo...). O King é fera! O mês de julho tinha que ser dele! ;)

E o diretor Koepp... Esse cara já fez o roteiro de Homem Aranha, Anjos e Demônios,  Homens de Preto, Missão Impossível... Como diretor teve toda essa dedicação em achar os atores certos para os papéis, imaginando o jeito de falar de cada um. O filme pode parecer médio a primeira vista, mas enchergo sempre com um olhar mais amplo quando vejo os filmes (tirando aqueles que me prendem de tal maneira que fico cega de paixão...).

S. King é maravilhoso, um dos escritores mais talentosos de nosso tempo (credo, que frase de lápide) e espero ler muito e muito mais de seus livros, claro, esperando também que seus melhores textos sejam levados ao cinema!

Por hoje é só pessoal! Agradeço a paciência de todos pelos enroscos causados por nossas vidas ao blog, mas tudo há de se normalizar.

Bjks e até mais...

Que tal conferir também...

1 comentários

  1. Esse eu ainda não assisti, mas vai pra lista...
    Na verdade não chamava muito a atenção, mas agora fui convencida...e tendo o Depp então...

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