Sagrados Corações - Sarah Dunant

14/05/2015

O ano é 1570. Na cidade italiana de Ferrara, o Convento de Santa Catarina recebe Serafina, uma jovem de 16 anos enviada pela família para uma vida de reclusão.
Separada do homem que ama, Serafina reage ao exílio no convento com revolta, e sua primeira noite como noviça é marcada por uma demonstração de fúria tão violenta que a freira responsável pelo dispensário se vê obrigada a sedá-la.
Conforme a jovem segue protestando contra seu encarceramento, a paz das religiosas é ameaçada e rebeliões começam a ser deflagradas.
Paralelamente, fora dos muros do convento, os preceitos da Contrarreforma passam a impor um regime opressivo que coloca em risco o pouco da liberdade conquistada pelas freiras; mas o espírito de resistência de Serafina se fortalece, e o fogo que ele produz ameaça consumir tudo e todos que a cercam.


Queridos leitores, como vão? Deixem-me contar que desde que vi esse livro no catálogo da Record eu fiquei louca pra ler, já que tenho uma grande queda por romances que envolvam conventos, inclusive no mundo dos filmes. 

Comecei a ler e não deu outra: devorei o livro. Trata-se de uma história de época, a qual apresenta muitos fatos verídicos. Aqui já parabenizo a autora pela vasta pesquisa feita acerca da vida naqueles tempos, principalmente nos conventos. O livro já começa com uma lista dos trabalhos e da divisão das horas dentro do convento, o que achei, claro, muito interessante. 

Serafina é uma das noviças que chega ao convento com muita raiva, já que seu destino, dado seu baixo dote, é ser freira. Naquela época, as famílias que não tinham um bom dote a oferecer, muitas vezes, acabavam abandonando suas meninas em um dos conventos. No Santa Catarina, não fora diferente. Porém, o destino de Serafina se cruza com o da Irmã Zuana, uma espécie de boticária do local, logo nas primeiras noites. Responsável por cuidar da noviça rebelde, por assim dizer, Zuana logo percebe que a jovem de 16 anos dará trabalho. E ela realmente dá. 

Além de tudo, Serafina deixou um amor para trás dos muros altos da clausura, o que só faz com que seus gritos sejam cada vez mais ensurdecedores diante do silêncio celestial que as irmãs procuram. Irreverente e muito verossímil a história realmente encanta. 

Mas o que mais gostei no livro, sem dúvidas, é o fato da riqueza de detalhes que a autora nos traz. Não pensem que o convento e o noviciado é um lugar cheio de paz e amor, pois nem sempre é. Nem sempre as irmãs dentro da clausura encontram o que estão buscando, e aí está o encanto que tenho por esse tipo de livro. Essa coisa de saber de que o que parece nem sempre é, ainda mais naquele tempo em que se prezava a automutilação e a penitência. 

No mais, cabe a mim indicar e leitura àqueles que gostam de uma boa história. 
Até mais!

Sou a Fabi.... blogueira, escritora e eterna sonhadora!

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4 comentários

  1. OI Fabi!
    Eu adoro romances de época e se tem algo religioso envolvido fica ainda mais interessante. Já gostei de Serafina. Fiquei bem curiosa com a história para saber se ela foge, aceita a igreja ou seu amor vem buscá-la!!
    Adorei sua resenha e já vou colocar aqui como meta de leitura!
    Beijos

    LuMartinho

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  2. Sempre pesei que os conventos não seria um lugar cheio de paz e amor,também penso que as irmãs dentro da clausura nem sempre encontram o que estão buscando, e o livro é bem intrigante , gostei da resenha ... ;)

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  3. Fabi, eu gosto muito de romances históricos, porém não curto muito os que envolvem convento, mas acho que daria sim uma chance para ele.
    Fiquei curiosa para saber o que Serafina decide fazer da vida.

    Lisossomos

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  4. Gosto de historias assim,freiras, padres, conventos, monges, quem já leu SENHORA DA SAVANA ? HILTON MARQUES, um escritor pernambucao, é excelente, procurem em sebos.
    Gostei tanto que não me conformei com o final e escrevi o meu final kkk.

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