O Presente - Cecelia Ahern

18/12/2013

Todos os dias, Lou Suffern luta contra o tempo. Ele tem sempre dois lugares para ir, tem sempre duas coisas a fazer. Quando dorme, sonha com os planos do dia seguinte, e, quando está em casa, com a esposa e os filhos, sua mente está, invariavelmente, em outro lugar. Numa manhã de inverno, Lou encontra Gabe, um morador de rua, sentado no chão, sob o frio e a neve, do lado de fora do imenso edifício onde Suffern trabalha. Os dois começam a conversar, e Lou fica muito intrigado com as informações que recebe de Gabe; informações de alguém que tem observado uniões improváveis entre os colegas de trabalho de Lou, como os encontros da moça de sapatos Loubotin com o rapaz de sapatos pretos... Ansioso por saber de tudo e por manter o controle sobre tudo, Lou entende que seria bom ter Gabe por perto — para ajudá-lo a desmascarar associações que se formam fora de suas vistas — e lhe oferece um emprego. Mas logo o executivo arrepende-se de ajudar Gabe: sua presença o perturba. O ex-mendigo parece estar em dois lugares ao mesmo tempo, e, além disso, Gabe lhe fala umas coisas muito incomuns, como se soubesse do que não deveria saber... Quando começa a entender quem é realmente Gabe, e o que ele faz em sua vida, o executivo percebe que passará pela mais dura das provações. Esta história é sobre uma pessoa que descobre quem é. Sobre uma pessoa cujo interior é revelado a todos que a estimam. E todos são revelados a ela. No momento certo.


O que você faria se pudesse estar em dois lugares ao mesmo tempo? Essa era sempre a pergunta que o ocupadíssimo Lou fazia a si mesmo. Atarefado demais com seu trabalho e uma possível promoção à vista, Lou acabara deixando de lado o que realmente importa: sua família.

Logo no início da trama, Lou conhece Gabe, um mendigo atento aos sapatos que todos usam e com uma memória de dar inveja a qualquer um. Mal sabia Lou que Gabe ajudaria a mudar sua vida e a fazer enxergar a realidade nua, crua e incrivelmente gélida.

A trama acontece perto do natal, em Dublin, e a riqueza de detalhes que Cecilia Ahern dá ao leitor faz com que você se sinta realmente no local descrito, imaginando cada casa e cada curva da montanha onde Lou mora com a sua amada filha Lucy e Pud. Não me esquecendo de Ruth, a esposa traída e viúva de marido vivo, como costumo dizer. Ruth é a imagem das mulheres modernas aprisionadas nos tempos antigos: o marido cuida dos proventos e a esposa dos filhos.

Essa obra de Cecilia, sem dúvidas, vem compensar alguns deslizes como por exemplo, o livro do amanhã, recomendo muito para que todos leiam. Eu gostei muito! É uma leitura leve e descontraída.

O livro é um convite a reflexão que fará você leitor se questionar sobre o que realmente importa na vida e quais momentos devemos deixar passar e quais devemos viver realmente. Fica a dica pra esse fim de ano: você está dando valor ao tempo, seu maior presente?



Sou a Fabi.... blogueira, escritora e eterna sonhadora!

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5 comentários

  1. Aiii que resenha legal. Quase me fez ficar arrependida por não ter escolhido este livro, mas oportunidades surgirão.
    Eu graças a Deus posso afirmar que dou mais valor a minha família, sou muito ligada nesses valores, acho que por isso me chamam de esquisita, mas não ligo. =)
    Dublin deve ser um ótimo cenário, essa capa é muito linda. Só fiquei sentida pela esposa dele, mas com sorte ele se redime. =)
    E adorei a ideia da ajuda vir de um mendigo com uma super memória.

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  2. Que bom que esse livro tirou a má impressão que você tinha com o anterior. Eu também não li esse mas sem dúvida parece uma história bem mais interessante do que a do Livro do Amanhã.

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  3. Eu adoro a Cecelia... Ainda não pude ler esse livro mas que bom que ele tirou sua má impressão dela :)

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